Marina Ribeiro

Marina Ribeiro

Título da obra - Sentimento I

Acrilico  sobre tela 36x36 (2,5 cm de espessura)

750 Euros 

Marina Ribeiro nasceu em Coimbra, em 1982. Licenciou-se em Pintura pela Escola Universitária das Artes de Coimbra (2001/2006).

Participou em várias exposições colectivas, entre as quais destacamos:

·        2004 - Pintura Escultura - Novos Artistas - Galeria 1*7*3 Proposta única, Coimbra;

·        2005 - Participação no evento "Acreditar Arte" - Praça da República, Coimbra;

·        2005 - Exposição Colectiva dos Alunos Pré Finalistas da EUAC - Café Santa Cruz, Coimbra;

·        2005 - Exposição Colectiva dos Alunos Finalistas de Pintura da EUAC - Salão Brasil, Coimbra;

·        2005 - Exposição Colectiva dos Alunos Finalistas de Pintura da EUAC- Sala de Exposições da ARCA/EUAC, Coimbra;

·        2006 - Exposição Colectiva dos Alunos Finalistas de Pintura da EUAC - Galeria “Por Amor à Arte”, Porto;

·        2006 – Pintura, em directo, por novos pintores de Coimbra - Presença na CIC (Pavilhão Albuquerque e Lima).

 

INFORMAÇÃO SOBRE AS OBRAS PRESENTES EM CATÁLOGO

Nesta série, a autora lança-se na descoberta da paisagem, buscando inspiração na floresta. Tal opção parece significar não só o encontro com a natureza mas também uma procura do inconsciente, do sentimento e da emoção, que tenta traduzir em processos pessoais de representação pictórica e de expressão cromática, patentes nas diversas telas.

Na presente série podemos observar árvores e troncos que vibram em aparente imobilidade,marcados por faixas oblíquas que se entrecruzam em eixos perpendiculares. Ramos artificiais sobrepõem-se a fundos naturais, numa alusão a uma dupla dimensão do espaço e da realidade. Tais elementos pictóricos, alguns dos quais de grande simplicidade, são pontos de referência essenciais que distinguem as diferentes telas através de sucessivas e leves mudanças. Mesmo nos trabalhos que nos parecem semelhantes, a troca de lugar das ramadas e as modificações sensíveis dos elementos arbóreos fazem a diferença, que acentua e contrasta a aparente constância das coisas num só lugar – a imensidão da floresta. Nesta, o que é visível muda a cada instante por intermédio da luz, devido a diferentes contrastes sazonais, e até pela interpretação pessoal que a nossa observação vai realizando ao contemplar as diferentes obras expostas. Os quadros da actual série podem ser, assim, genericamente semelhantes entre si porque são diferentes na intenção e no seu significado. A base temática repete-se (a universalidade da floresta), mas cada tela é diferente da anterior como se estivesse a montante e a jusante de uma sequência na qual e para a qual foi concebida. Em cada tela, a autora recria diversas interpretações da floresta nas quais se inscrevem diferentes tensões entre natureza e sentimento, entre observação e interpretação, entre percepção e representação. Em cada uma das obras a atmosfera é figurada de forma diferente, interposta em contrastes e variantes sugestivos de memórias intrusas de espaços distantes, ou brumas longínquas que os troncos interceptam, em primeiro plano. Atrás dos troncos e das ramadas opacas escondem-se, aos nossos olhos, espaços que se adivinham distantes criando atmosferas enigmáticas acentuadas por sombras que se dispersam e modulam nos diversos solos. Além do retículo arbóreo, o tridimensional das paisagens é conseguido, também, por contrastes cromáticos que a autora manipula voluntariamente utilizando cores quentes a dominar o primeiro plano, aliciando e aproximando o olhar do espectador. À medida que os planos se distanciam as florestas apresentam cores mais frias ou apagadas e os pormenores esfumam-se. A pintora consegue, assim, aumentar os efeitos de profundidade e obter uma sólida poesia pictórica que caracteriza já, de uma forma clara, as suas concepções formais no domínio da pintura.