Júlio Pomar

Júlio Pomar

Título da obra - Série Marujos e Companhia

Litografia assinada e numerada

58X50


Freqüentou a Escola de Artes Decorativas Antônio Arroio e a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e do Porto. Em 1946, expôs na Sociedade Nacional de Belas Artes uma série de obras que marcaram o início de sua fase neo-realista de intervenção social. Ao longo da década seguinte, Júlio Pomar vai desenvolver esta corrente neo-realista de forma notável em obras como O Almoço do Trolha. No final dos anos de 1950, abandona a estética do naturalismo figurado que até então o caracterizava e opta por um neofigurativismo que desenvolve em obras subordinadas a temáticas específicas, como a tauromaquia e o "rugbi". Paralelamente, ao longo da década de 1960, irá trabalhar em esculturas executadas com ferro soldado. Em 1963, fixa residência em Paris e as obras dos anos seguintes serão marcadas pela influência de Ingres – a série do Banho Turco – e pelos acontecimentos de maio de 1968. Esta série de quadros sobre o maio de 68 marca também a passagem de uma pincelada firme e concreta para um tratamento da figura por meio de manchas de cor. Nos anos de 1970 e 1980, Pomar envereda por uma nova fase de sua obra pictórica, dando início a uma série de telas que trabalha agora com pintura e colagens. São deste período obras como Lusitânia no Bairro Latino (retratos de Mário de Sá-Carneiro, Santa-Rita Pintor e Amadeu de Sousa-Cardoso) e a série Tigres, em que as formas são esboçadas por espessas pinceladas de grande cromatismo e luminosidade vibrante.