C. R. Fan

C. R. Fan
C. R. Fan / Seguidor de Salvador Dalí - 
Cópia de Original de Dali -  "A Persistência da Memória (da série relógios moles)", 
Pintura a óleo sobre tela assinado com 50x60 cm (moldura com 55x65 cm). 
 
he Persistence of Memory is by far Salvador Dali’s (1931) most recognizable painting, and there are many references to it in popular culture. Although it was conjectured that the soft melting watches were the result of Dali’s interpretation of the theory of relativity, Dali himself state that their inspiration was camembert cheese melting under the sun. The sequence of melting clocks in a disjointed landscape is the depiction of a dream that Dali had experienced, the figure in the middle of the painting being the face of the dreamer himself. The general interpretation is that the painting, which portrays many melting watches, is a rejection of time as a solid and deterministic influence.
This iconic and much-reproduced painting depicts time as a series of melting watches surrounded by swarming ants that hint at decay, an organic process in which Dali held an unshakeable fascination. Elaborated in the frontispiece to the Second Surrealist Manifesto, the seminal distinction between hard and soft objects, associated by Dali with order and putrefaction respectively, informs his working method in subverting inherent textual properties: the softening of hard objects and corresponding hardening of soft objects. It is likely that Dali was using the clocks to symbolize mortality (specifically his own) rather than literal time, as the melting flesh in the painting's center is loosely based on Dali's profile. The cliffs that provide the backdrop are taken from images of Catalonia, Dali's home.

 

Reprodução a partir de um original actualmente exposto no Museum of Modern Art, New York, USA

Artist:  / Completion Date: 1931 / Style: Surrealism / Genre: symbolic painting / oil on canvas / Dimensions: 24.1 x 33 cm 

 

 

Sobre Salavdor Dalí
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech (figura 1) nasceu em Figueres, na
província da Catalunha, Espanha, em 11 de maio de 1904 e faleceu em sua cidade natal
em 23 de janeiro de 1989. 
Figura 1: Salavador Dalí
Fonte: www.salvador-dali.org
Consagrou-se como um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) do
surrealismo espanhol. Conviveu com vários artistas de sua época e foi influenciado por
Pablo Picasso. A partir de 1920, Dalí participa de um movimento artístico conhecido
como surrealismo e a década seguinte foi marcada pela intensa produção artística. Nessa
época, o artista se dedicava em representar imagens do cotidiano de forma inesperada e
surpreendente.  Um  dos  seus  objetivos  era  produzir  uma  arte  que,  segundo  os
surrealistas, estava sendo destruída pelo racionalismo. Dalí e os artistas do surrealismo
foram influenciados pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), que
enfatizava o papel do inconsciente na atividade criativa. É desta fase uma das obras
mais conhecidas de Dalí, “A Persistência da Memória”, que mostra relógios derretendo.
Em 1939, Dalí foi expulso do movimento surrealista por motivos políticos. Grande
parte dos artistas surrealistas eram marxistas e justificaram a expulsão de Dalí, alegando
que o artista adotara um cunho muito comercial para suas obras.
3obre a obra ‘A Persistência da Memória’ 
A obra ‘A Persistência da Memória’ (figura 2) pintada a óleo, aplicado sobre tela com
24,1 por 33 cm, encontra-se exposta no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
Figura 2. ‘A Persistência da Memória’ (1934).
Fonte: www.salvador-dali.org
Na tela, estão representados três relógios moles que marcam diferentes horários. Ao
fundo, está representada a paisagem de Porto Lligat,  localizada no norte da Espanha e é
uma referência à memória de infância do pintor. Segundo a interpretação de Dalí, o
formato derretido dos relógios deriva da imagem de um queijo  Camembert, que ele
observava enquanto pintava a tela. As formas sensuais têm uma evidente conotação
sexual, característica de outras obras do artista. No centro, a figura simula o retrato do
artista, outra característica marcante nas suas obras, a autorretratação.
Dalí via os relógios como instrumentos normalizadores e exatos que traduziam de forma
objetiva a passagem do tempo. O fato de os dotar de formas orgânicas remete-os para o
universo de prazer, recordando a dimensão fugídia do tempo e o sentido da ambiguidade
que a evolução temporal introduz pelo cruzamento da percepção da realidade com a
causalidade e inexplicabilidade da memória.
Nessa pintura, Dalí traduziu seu  interesse na inexplicabilidade do tempo e o entendia
como objeto não passível de ser moldado. Por isso, buscou nas ciências modernas o
cruzamento de  teorias mais abstratas da física, como a teoria da relatividade de Albert
Einstein (1879-1955), que colocou em causa a ideia de espaço e tempo fixos, com as
pesquisas  de  Sigmund  Freud  (1856-1939) que  enfocavam  o  inconsciente  e  a
importância dos fenômenos dos sonhos.